quinta-feira, 10 de março de 2011

Um bom espetáculo para você!


Pra quem pensa em recomeçar,

Deixe com que tudo comece naturalmente

Encha o peito de ar, respire profundamente


E em minha doce inocência

Foi crime ansiar por uma vida assim?

Desejar, pensar em ter você e viver sempre fora de mim


Sentir sua vibração... Sua pulsação


Penso logo em como encarar e insisto no ponto de interrogação

Um flerte ao natural, para as malícias do bem

Melhor assim a meu ver, pensando momentaneamente.

Largo o espaço entre o abraço e mais um sorriso

Deixo claro o meu desejo, intenções, e no teu corpo me abrigo


Se o casulo se fortalece, a alma limpa

E se permite a intercalar o subliminar com o subausente

Aceitando as formas que impus aos meus músculos exigentes, ás minhas carnes transcendentes, á minha vontade indecente.


Se mostre, deixe que depois a arte faça o inverso

Suba a cortina, o espetáculo da vida começou

Se me encontrar perdida, buscando a minha sumida maquiagem da vida pelos bastidores,

Traga-me a pose mais linda, o tom mais sereno para celebrar uma nova conquista.


Ao romper as barreiras, pós-Ilusão

Ao descer as cadeiras... Pra que sentar no chão?

Ao prazer incandescente de aplausos de pé

Ate chegar no camarim da vida de dois sólidos personagens:

Eu e você.


E ao decorrer da linha, traçada em duas duplas de mãos

Ao encarar minha vida, deixando de ser dose ilusão

Cruzando o palco, a única saída que a certeza me traz

É de não deixar que este promissor espetáculo saia de cartaz!



2 comentários:

  1. Esplêndido! Belas e inteligentes metáforas...

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  2. "Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira" Carlos Drummond de Andrade

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