quarta-feira, 30 de março de 2011

Consoantes e Vogais


Eu estranho a distinta aparência entre o ser e estar
E as vezes metralho a todos com ríspidas consoantes e vogais,
Que se encontram numa briga desgovernada por atenção.
Aliás, saliente essas vogais!
Sossegadas as vezes até demais...
Mal tratadas, ásperas, alteradas.
Inadequados aqueles que não sabem utilizá-las,
Ausentes de quem persegui-las...
Que se façam necessárias e ponham-nas em questão
Tranquem-nas em folhas pautadas e em anúncios de televisão!
Saboreie o som, das consoladas e cansadas notas musicais
Acompanhadas sempre de consoantes e vogais.
Tragam-nas pressas na garganta, que seja em forma de poema ou mantra
Que seja para aliviar a dor, pra quem sofre por amor
Que venha para acalentar uma nova alma, que sejam soltas para manter a calma...
Que venham da forma e do jeito que quiser
E que mandem o recado a ponto de você entender
Que independente de classes sociais, todos possuem o direito de utilizá-las:
As consoantes e as Vogais!


terça-feira, 22 de março de 2011

Seria Fácil?


Se meu reflexo não estivesse naqueles olhos
Se a malemolência não me fizesse amolecer
Com ele é fato. O dia para, admira a passagem e volta acontecer.

Ah!Como seria fácil se toda a verdade não me mirasse daquela maneira,
Assim pararia de abrir e fechar a geladeira a noite inteira.
Assim apaziguaria a alma.

Seria mais fácil, deixar de lembrar, fingir não existir, parar de pensar e
mentir...
Pra mim, pra ele e pra quem pudesse ouvir,
Meus pensamentos em guerra...

E essa sinfonia que ele transmite, penso ser tão triste não fazer parte do meu dia
Porque daí sim, se ao menos a voz ouvisse, talvez existisse um pouco mais de harmonia.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Fôlego



Queria gritar! Até expulsar dos meus pulmões e corpo tudo que me assombra.

Tudo que me perturba,

Tudo que vem pra me agitar.

Queria gritar bem alto á ponto do que me incomoda se assustar.

Soltar meus medos, mandar embora meus receios, minha vontade de ousar

Desencanar dos meios e de toda e qualquer forma de vicio

Deixar o corpo, hoje em estado de perigo aclamar por abrigo.

Queria gritar e que a única voz que atormenta meu peito pudesse ouvir

O meu pedido de socorro.

Queria gritar, até me faltar ar

Mas o pulmão que um dia foi meu fôlego

Hj não mais me sustenta...



quinta-feira, 10 de março de 2011

Um bom espetáculo para você!


Pra quem pensa em recomeçar,

Deixe com que tudo comece naturalmente

Encha o peito de ar, respire profundamente


E em minha doce inocência

Foi crime ansiar por uma vida assim?

Desejar, pensar em ter você e viver sempre fora de mim


Sentir sua vibração... Sua pulsação


Penso logo em como encarar e insisto no ponto de interrogação

Um flerte ao natural, para as malícias do bem

Melhor assim a meu ver, pensando momentaneamente.

Largo o espaço entre o abraço e mais um sorriso

Deixo claro o meu desejo, intenções, e no teu corpo me abrigo


Se o casulo se fortalece, a alma limpa

E se permite a intercalar o subliminar com o subausente

Aceitando as formas que impus aos meus músculos exigentes, ás minhas carnes transcendentes, á minha vontade indecente.


Se mostre, deixe que depois a arte faça o inverso

Suba a cortina, o espetáculo da vida começou

Se me encontrar perdida, buscando a minha sumida maquiagem da vida pelos bastidores,

Traga-me a pose mais linda, o tom mais sereno para celebrar uma nova conquista.


Ao romper as barreiras, pós-Ilusão

Ao descer as cadeiras... Pra que sentar no chão?

Ao prazer incandescente de aplausos de pé

Ate chegar no camarim da vida de dois sólidos personagens:

Eu e você.


E ao decorrer da linha, traçada em duas duplas de mãos

Ao encarar minha vida, deixando de ser dose ilusão

Cruzando o palco, a única saída que a certeza me traz

É de não deixar que este promissor espetáculo saia de cartaz!



quarta-feira, 2 de março de 2011

Caiu na rede é social!


Não conseguiu excluí-lo do facebook,
Nem do twitter,
Nem apagou seus e-mails

Mídias digitais, frases superficiais, receios e medos...


Talvez seja porque queira que ele sempre faça parte da sua rede social
Talvez ela já nem saiba mais se é amor plausível ou virtual
Atualiza a página e ele não deu nem um ‘curtir’,

Atualiza a página e nada de um ‘retuiti’...


E ela? Ela fica triste...


Ouve uma musica de consolo no youtube
Procura no google o endereço daquele novo clube
E saí à procura da verdade
Saí pra conferir o que é realidade


Ela se decepciona... Leva cantada cafona na rua augusta e vai pro cyber café
afogar as mágoas na internet
Onde tudo começou...
E isso vira um ciclo sem fim,

Um vício ruim,
Uma acomodação natural,
E ela novamente chora suas mágoas em sua página digital...


Ele lê aquilo
Compartilha com seus amigos,
ela já irritada, ainda não conformada
Apegada a essa relação nada pessoal
É desestabilizada por esse homem boçal


E ele em seu tumbler diz:
Caiu na rede é social!