quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sensação



Por mais que os dedos atrevam-se a tocá-lo... A boca mantém distância
Há resistência... Insegurança.

Por mais que o calor da pele possa provocá-lo, por mais que ele se incendeie
Os corpos já então marcados se negam ironicamente...

A fala é hesitação num compasso desencontrado de mãos
O sussurro vira entonação no momento certo antes do não.
E quando a voz nega e o corpo confirma,
É como quando a mente eleva por dentro da neblina...

E quando um simples ‘Oi’ se torna uma necessidade diária e natural?
Quando uma lembrança passa a ser algo habitual,
Os nervos já estão em festa, mistura de tensão e sedução.
E daí, sem perceber, o corpo e a fala entram em contradição.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ultimamente eu ando...


Ultimamente eu ando só...

Esperando que alguma coisa mude na cabeça de pessoas que só enxergam o próprio umbigo.

Só contanto um dia após o outro e torcendo pro final dos tais 365.

Só querendo que meu valor seja reconhecido, só tentando ganhar o merecido.

Ultimamente eu ando meio...

Revoltada com a falta de bom senso, de bom humor, de direção de classe e condição.

Revendo meus valores, revirando ataques podres e refazendo meus amores...


Resolvi para de entender e tentar ser tão sensível... Com quem não reconhece valor e ainda se faz de mal compreendido.


Recolhi sentimentos, realmente não poupei os lamentos e me redescobri.

Realidade...

Uma dor me tomou, algo em mim modificou.

Antes tudo que parecia tão transparente, se fez num instante farsa, denominou-se ausente.

E eu? Me pus inquieta, infeliz, impaciente...


Ultimamente eu ando tão sem opção
Que a melhor solução é não viver por 2 meses....

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Dia a Dia de um frustrado



A claridade bateu na minha cara e me acordou
Nem precisei de telefone, despertador
Hoje em dia to até me acostumando
Na real, ultimamente nem durmo tanto

Não sei o que é mais difícil de encarar
A fila pra carregar o bilhete do metrô ou os sorrisos falsos que alguns insistem em me dar
Deles nem faço questão, nem retribuo igual
Tudo depende muito do meu humor, do meu astral.


Se o Brasil jogou, se ganhou ou se perdeu
Não me interessa muito, quero saber do aumento que me prometeu.
A minha vida não para, não tem show do intervalo
As minhas contas acumulam e já não sei mais o que faço.

Prometi pra mim mesmo trabalhar, garantir um bom futuro, estudar
E aprendi que em certos tipos de pessoas é melhor não me apegar.
Se não fui gentil com vc na fila do banco, Relaxa!
Isso sempre vai acontecer cmg, com vc, com aquele mano, com o outro cara...
O dia a dia já consumiu quase tudo o que é meu
Levou o tempo, a paciência, a energia e prometeu
Voltar pra extrair o que ainda faltou
Rindo da minha cara, me chamando de Doutor.

Não me perdi pra que você ganhasse
No que me transformei?
Não insisti em repetir algumas frases

E até hoje só me lamentei...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Que Orgulho!

Postagem nova, mas para relembrar de algo que aconteceu há um ano!
Sim meus amigos, já fez um ano que o Primeiro ‘Antologia Poesia na Brasa’ foi lançado e eu me orgulho muito de ter participado desse momento, dessa festa e claro, desse livro.
To pra falar dele aqui faz tempo, mas como ando um pouco desapegada do blog, acabei deixando passar, mas agora estou aqui para recuperar o tempo perdido! Afinal da última vez que fui no Sarau eles já estavam lançando o 2º Antologia, agora com novos poetas da casa! Fiquei muito feliz e ainda mais orgulhosa dessa linda família!


Bom, se você gosta de poesia, saiba que este livro é um prato cheio. Tem pra todos os tipos e de todos os gostos! Ficou curioso? Eu tenho 2 poesias nele, mas se quiser saber quais são vai ter que comprar o livro (que na minha mão é mais barato pq ainda tenho alguns exemplares) rsrs Ou fazer por merecer que eu empresto vai... Hehe

Em homenagem aos meus Amigos do Sarau, posto aqui uma poesia feita especialmente para eles e para o lugar que me acolheu e que me encorajou a expor meus pensamentos.


Big Bang

Houve uma explosão
Todos os cacos
Caíram
Cuidadosamente
No mesmo lugar.

Concentrei-me
E pude enxergar, em cada semblante, em casa fala
A pureza, a verdade, a essência.

Pontes, armaduras, ferrões.
Qualquer coisa salvo para se defender, era inércia.

E entre todas as raças, independente das crenças, indiferente de sexo,
Estavam todos lá, espalhados, brilhantes e reluzentes...
Esses pequenos cacos.

Que de tanto insistirem, aos poucos se reproduziram, se encontraram e ousaram.
Trouxeram luz, induziram sabedoria, despertaram interesses e exclamaram conquista!

Houve uma explosão...

Meu corpo aderiu.
A mente abriu.
E a alma aceitou.

E eu? Agradeço por ter estado lá
!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Auto Reflexão- Poema pessoal


Aflita, inquieta e destemida
Ativa, complexa e faminta
Por letras, sabores, verdades, rumores.

Nunca se contenta com o por enquanto, sempre aguarda por mais um tanto
Sabe que pode chegar onde quer, e não teme os que lhe são de pouca fé.

É feminina, forte e segura
É uma menina, mulher um tanto madura.
Vidrinho nem tão fácil de quebrar... Armadura nem tão simples de montar

As verdades que da boca dela saem, são em sua maioria, coisas que pouco falam os mortais
Resolveu encarar, do muro há tempos desceu
A cara dá a tapa, tanto que assim amadureceu.

Não vai adiantar tantos pensamentos negativos emanar
A força é tão somente dela, que ninguém conseguirá lhe arrancar.
Tão carente como qualquer outro de seus iguais... Tão única como todos os milhares
De fato alguém que sempre busca mais, não se prendendo nos bens materiais.

Ela anda, passa e vc prende a respiração. Ela dança, ameaça e prende sua atenção.

Nasceu de uma guerreira que se orienta pelas estrelas
E a mistura mais pura das tintas ele fez para tê-la.

Decidiu muito cedo que de sua própria vida iria cuidar
Incentivou muitos em seus objetivos acreditar.
Já não teme mais o que a vida lhe reserva, o que tiver que ser será
O importante é que ela continue emanando sempre, o máximo de suas energias positivas!

terça-feira, 23 de março de 2010

VEM!



Em comemoração aos 10 meses do encontro de duas almas...

Vem!

Vem me livrar desses medos, suave e sussurrante como um leve devaneio
Vem me ajudar a gozar, a viver a liberdade.

Põe em minhas mãos esse prazer, delira e eleva a mente
Acalma o corpo que o espírito sente.

Vem!

Vem que o tempo não passa, ele é amigo
Descobre em meu corpo abrigo e aceita o convite do meu riso
Envolva teus braços para que esse colo seja só seu
Decifra o código, passo a passo, para acalanto meu

Vem que só quero felicidade,
Vem que te ofereço lealdade,

Vem que em minha´lma já esta fincado o selo teu
Vem... Que gozaremos juntos... Você e eu.


Obs: As datas são meras desculpas que utilizamos para nos convencer de que 'aquilo' realmente aconteceu. Já se passou 1 ano em verdade desde que nos entregamos, e sinto que ainda nem começamos...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Seja Bem-Vindo á Realidade!


Um foco sem direção, ideia transformada em ilusão.
Um tiro em meio ao escuro, falas diversas, vozes avulsas e você mudo.

Sem tom, sem luz, sem momento
Acabou, perdeu a validade, jogou pro vento.
Iludiu e um acalanto desnecessário te propôs,
Substituiu e pensamentos incertos vieram depois.

Surgiu a dúvida, a perda, a derrota
Sentiu como traição, não entendeu porque mudar de rota.
Fechou-se em seu mundo, trancou-se com escudos
Preferiu calar. Engolir. Aceitar. Se fez de surdo.

Perdeu a certeza do que mais lhe convém.
Arrancaram-lhe isso e deixaram a ferida em carne viva.
Sofreu e não mais insistiu em continuar com o que lhe fazia bem
E entristeceu por não achar a porta com placa de saída.

Seja Bem-Vindo á Realidade

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Geração Contaminada... Quem se salva?

Parar pra que? Tudo gira, corre, vira... Morre.
Se solta... Cai. Se esquece... Esvai. Se falta... Traí.
Parar pra que? Pisa fundo. Acelera, não freia, não da seta.
Ultrapasse o limite, velocidade máxima não existe.
Não há lombadas para te atrasar, nem outros obstáculos para te parar.
Aliás... Parar pra que?
Aqui tudo é possível, mundo lindo, louco, falsete paraíso.
Aqui onde o final da queda é maciço.
Onde sobrevive só quem não tem juízo.

Vai. Continua não olha pra trás.

Parar pra que?
Agora? Justo agora?

Quando finalmente somos aqueles que não queremos ser.
Agora que nossa aparência convence á todos a adquirir coisas que eles não precisam ter!
Vai, vamos, falta tão pouco...

Pra que parar?

Se todos já foram infectados e faltam poucos para se entregar!
Vai, me diz, parar pra que?

Já é tarde demais... Eles vieram atrás de mim e agora estão de olho em você.